segunda-feira, outubro 25, 2010

Como Iniciar no Radioamadorismo

Muitas pessoas me perguntam, seja via e-mail, telefone ou mesmo pessoalmente, sobre o procedimento para se tornar radioamador. Algumas querem somente utilizar o Echolink, outras manter comunicados à distância (DX) e outras apenas utilizar o VHF. Seja qual for a modalidade que você escolher, é imprescindível que você tenha um indicativo licenciado pela Anatel.Para ser radioamador é necessário que você faça um exame que contemple as provas de Legislação, Técnica e Ética Operacional. O exame não é difícil, mas requer bastante atenção do candidato.Dependendo do local onde você reside, talvez venha a ter alguma dificuldade para encontrar exames próximos à sua cidade, mas qualquer dificuldade se torna menor quando levamos em conta que a multa por utilizar o espectro de frequências sem indicativo pode chegar a R$10.000,00 + processo na Polícia Federal.Bem, os passos que você deve seguir são:
1 – Você poderá realizar seu exame tanto em alguma cidade onde a LABRE realizará um exame ou diretamente na Anatel. Para a primeira opção, você deverá entrar em contato com a LABRE de seu estado e verificar uma cidade e uma data disponível. Você deverá fazer a sua inscrição, pagar as taxas correspondentes e aguardar a data do exame. Para a segunda opção, você deverá entrar em contato com a ANATEL e verificar como deve proceder para efetuar o exame.
Telefones das LABREs podem ser verificados selecionando a LABRE de seu estado neste link: LINKS LABRE. O Telefone da Anatel em São Paulo é (11) 2104-8893 begin_of_the_skype_highlighting              (11) 2104-8893      end_of_the_skype_highlighting.
2 – Após marcar a data e o local de seu exame, estude através das apostilas disponíveis na Internet. O CRAM disponibiliza uma apostila na seção de downloads.
3 – Após fazer o exame, o resultado costuma ser divulgado pela LABRE e também pela Anatel. Com sua aprovação no exame, você poderá dar entrada no requerimento de seu indicativo diretamente na Anatel ou mesmo através da LABRE.
4 – Se você for reprovado em alguma das provas, poderá fazê-las novamemte numa próxima oportunidade (somente as provas nas quais você foi reprovado).
Bem, espero que este artigo tenha ajudado um pouco. Qualquer dúvida não hesitem em contatar a Anatel, a Labre ou mesmo a mim (pu2laa@cram.org.br), que tentarei dar todas as informações que estiverem ao meu alcançe.
73 a todos.

Em breve disponibilização do site do Grupo de Radioamadores de Sertãozinho/SP. Aguarde!

Grupo de Radioamadores de Sertãozinho/SP coloca em prática a construção do site de praticantes de radioamadorismo. Futuramente maiores informações e lik do site aqui, aguarde.

Reportagem Jornal Folha São Paulo (caderno cotidiano) - Domingo, 27 de Junho de 2010

Radioamador de Ribeirão Em tempo de Orkut, Twitter e MSN, comunicação por rádio mantém seguidores fieis, que atuam em catástrofes

Quando tudo falhar, pode estar certo de que o rádio vai funcionar e estabelecer uma rede de comunicação", diz fã.
O técnico de informática Renato Sbardelini simula uso de modelo antigo de rádio amador em sua casa, na vila Tibério

JEAN DE SOUZA - DE RIBEIRÃO PRETO

De sua casa em Ribeirão Preto, o técnico de informática Renato Sbardelini, 42, busca informações sobre as enchentes no Nordeste e as repassa a outras pessoas, em tempo real. Não utiliza para isso Twitter, Orkut ou MSN.

Prefere uma rede social mais antiga, que, mesmo com o avanço da internet, mantém seguidores fiéis: a comunicação por rádio.

A atuação como Defesa Civil em catástrofes como as enchentes que destruíram cidades do Nordeste na semana passada e o terremoto que atingiu o Haiti, no início deste ano, é o que mais atrai e garante a sobrevivência do radioamadorismo, segundo o caminhoneiro Rogério Aristides da Silva Pereira, 32.

"Quando tudo falhar, pode estar certo de que o rádio vai funcionar e estabelecer uma rede de comunicação."

Foi o que aconteceu no caso do Haiti, quando os tremores que mataram a brasileira Zilda Arns destruíram a rede de telefonia do país.

"Nós mantínhamos contato, repassávamos informações sobre o que estava acontecendo para as autoridades e para os grupos de ajuda", disse Sbardelini.

No caso das enchentes do Nordeste, o técnico em informática cumpre o mesmo papel. Ele diz passar, ao menos, dez horas por dia conversando ou simplesmente ouvindo o que é discutido no rádio.

Não é só para essa vigilância voluntária, porém, que o radiomadorismo é usado pelos ribeirão-pretanos.

Como suas similares no mundo virtual, a rede social por ondas de rádio também serve para bater papo, fazer novos amigos ou estreitar laços com os já existentes, afirma o presidente da Casa do Radioamador de Ribeirão Preto, Rogério José Mello, 42.

Segundo ele, a principal diferença entre os radioamadores e outros meios de comunicação é a curiosidade que os primeiros têm de montar sua estrutura.

"Quem é radioamador gosta de experimentar coisas, de montar equipamentos. Basta eu ter uma antena e meu radinho que consigo falar com o mundo inteiro."

A associação que Mello preside foi fundada em 1964 e chegou a 2010 com apenas 34 associados. Em Ribeirão, ele estima em 300 o número de radioamadoristas.

Fazer parte desse universo significa possuir um equipamento certificado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), pagar anuidade e fazer prova para a obtenção de uma licença.

Para atuar em situações de emergência no auxilio à Defesa Civil, porém, esses requisitos não bastam.

É preciso estar vinculado ao Rener (Rede Nacional de Emergência de Radioamadores), ligado a órgãos da Defesa Civil do Brasil.

Apesar da facilidade que outros meios têm, atualmente, de comunicação instantânea -o que os rádios fazem há pelo menos um século-, Pereira diz acreditar que o radioamadorismo não irá acabar. Pelo contrário, diz, a internet pode até ajudar no aperfeiçoamento do hobby.

Um exemplo do encontro entre as duas tecnologias pode ser visto no escritório de Sbardelini. Em fevereiro, ele inaugurou seu echolink -uma estação virtual de radioamadores a que usuários de todo o mundo têm acesso. Quem não é habilitado pode ouvir, mas não participar.

Radioamadorismo

O radioamadorismo é um hobby científico com diversas modalidades. O radioamador é a pessoa que procura manter funcionando uma estação de radiocomunicação, ora para comunicados e conversas informais bem como para concursos e competições nacionais e internacionais. Além dos "bate-papos" e contestes, o radioamador pode auxiliar as autoridades de Defesa Civil nas situações de risco e calamidades públicas, levando as comunicações aos mais longínquos rincões, por exemplo, no interior da Amazônia ou da Savana Africana. Algumas dessas modalidades utilizam-se do Código Fonético Internacional e do Código Q em sua comunicação que é muito utilizada por radioamadores no mundo inteiro em troca de informações e mensagens, tanto em curtas quanto em longas distâncias. Além dos operadores de estações amadoras de radiocomunicação, estes códigos são utilizados por serviços diversos, tanto civis quanto militares, e também por profissionais e empresas que utilizam a radiocomunicação como fator de contato entre seus integrantes.

Modalidades de comunicação

São diversas as modalidades de transmissões no radioamadorismo, dentre elas: telegrafia ou CW, AM, SSB-USB/LSB, FM, FSK para os modos digitais: SSTV, RTTY, Packet (Acesso via internet+software+radio), operação via satélite.
QRP O termo QRP tem sua origem no código Q internacional e significa "Posso diminuir a potência?". No meio radioamadorístico, QRP significa operações com potência RMS de saída do estágio final de RF inferior à 5 Watts (37dBm). Praticantes da arte do QRP muitas vezes constroem e operam seus próprios equipamentos de rádio.
Devido a baixa potência, a modulação mais comum usada por radioamadores entusiastas do QRP é o CW (Código Morse); porém, as operações QRP não estão limitadas ao CW. Qualquer tipo de modulação, analógica ou digital, que permita contatos com potências inferiores à 5 Watts pode ser usado em operações QRP. A popularidade do CW tem origem históricas e pelo fato dele ser um modo que pode ser obtido usando circuitos eletrônicos de relativa simplicidade.
No Brasil não é diferente, existem muitos praticantes e amantes do QRP. Muitos deles são adeptos a comunicação a longa distancia e a competição. Concursos nacionais e internacionais tem a participação dos amantes desta modalidade, e para troca de informações técnicas existe um grupos de discussão sobre o assunto. Um deles está em:
http://br.groups.yahoo.com/group/QRP-BR.
Um dos mais completos sites que trata de competições no meio radioamadorístico é o
http://www.sk3bg.se/contest/ nele você encontra o calendário atualizado das competições em todo mundo, juntamente com suas regras, onde você poderá pesquisar se a competição tem a modalidade QRP, muitas destas competições são puramente QRP, ou seja somente para rádios de baixa potencia.
Existe ainda a possibilidade da montagem de seu próprio equipamento QRP, são muitos os sites a qual incentivam esta prática como é o caso do Radioamador Miguel Angelo Bartié , PY2OHH, no site a qual ele é mantenedor, você poderá encontrar esquemas e dicas, onde sem duvida esta atividade além de prazerosa se tornará mais accessível, principalmente no investimento final..
Hoje em dia pelo desafio muitos são os fabricantes que ainda investem nesta modalidade, como é o caso da Yaesu, Tem Tec, Elecraft e outros, facilitando principalmente aos operadores já que recursos de filtragem melhoram a recepção, além disto o equipamente QRP, já que o consumo de energia é pequeno, é o preferido para quem gosta de acampamentos de final de semana, férias, já que desempenho melhora muito no campo aberto ou mesmo a beira do mar.
Em reconhecimento da popularidade do QRP, o ARRL (American Radio Relay League) incentiva esta modalidade disponibilizando um prêmio para os Radioamadores, que têm contato com pelo menos 100 entidades DXCC, utilizando 5W saída ou menos. Contatos feitos a qualquer momento no passado contarão, e os cartões de confirmação (QSLs) não são obrigatórios.